Cidade Universitária e falta de infraestrutura foram alvos do protesto.
Aproximadamente 250 pessoas participam do protesto.
Estudantes e professores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) voltaram a protestar contra a Cidade Universitária e falta de infraestrutura da instituição. Desta vez, a manifestação ocorre em frente à sede do Governo do Amazonas, localizada na Avenida Brasil, Zona Oeste de Manaus, na manhã desta quinta-feira (21). Estimativas da Polícia Militar apontam que aproximadamente 250 pessoas estejam participando do protesto.
Governo do Amazonas
(Foto: Girlene Medeiros /G1 AM)
Entre os alvos do protesto estão a suposta falta de professores na UEA, o sistema de matrícula considerado defasado pelos manifestantes, a burocratização da instituição e a construção da Cidade Universitária em Iranduba, distante 27km de Manaus. Esta é a segunda manifestação feita por docentes e estudantes em menos de uma semana.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes da UEA, Janderson Teixeira, disse que os manifestantes tentam agendar uma audiência pública com o governador Omar Aziz para debater os problemas da instituição. “Fizemos o protesto na reitoria da Universidade no dia 11 e até agora não tivemos respostas. Viemos aqui pressionar para que nos atendam”, disse.
Já a presidente do sindicato dos docentes da UEA, Márcia Medina, disse que a saída dos cursos de Manaus para Iranduba vai prejudicar os professores. Segundo ela, a maioria dos educadores da instituição não possuem dedicação exclusiva a universidade, trabalhando em outros centros educacionais para aumentar a renda. “Não houve debate com a classe estudantil e dos docentes sobre a criação da Cidade Universitária. Isso vai complicar demais a vida dos meus colegas de profissão. Já fizemos, em janeiro, um ofício exigindo uma audiência com o governador Omar, porém, não houve respostas”, disse.
governador do Amazonas, Omar Aziz
(Foto: Girlene Medeiros /G1 AM)
O estudante do curso de pedagogia, John Sena, de 30 anos, disse que sofre com problemas de infraestrutura do prédio onde estuda. “Nossa biblioteca é muito pequena. Cabem 10 pessoas. Para piorar, atende a outros três cursos. Fica muito difícil estudar lá”, disse.
A Agência de Comunicação do Governo do Amazonas (Agecom) informou que tanto o governador, Omar Aziz, quanto o vice, José Melo, estão cumprindo agenda em outros locais de Manaus e não poderão receber, neste momento, os manifestantes. Ainda segundo o órgão, uma lista com nome de estudantes e professores da UEA foi entregue para que seja formada uma comitiva para se reunir com representantes do governo estadual.
O trânsito na Avenida Brasil ficou congestionado devido ao protesto, mas, segundo o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus (Manaustrans), fluía com lentidão.
Fonte: G1