Mulheres indígenas pedem a liberdade de ex-servidor da Funai suspeito de abuso sexual, em protesto no AM

Portal Tabatinga

Várias mulheres indígenas pedem a liberdade do ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) e presidente de uma organização indígena, Gilmar Palheta Assunção, em protesto realizado em Nova Olinda do Norte, interior do Amazonas. Gilmar foi preso no dia 20 de março pela Polícia Federal e é suspeito de cometer abusos sexuais contra adolescentes e mulheres de comunidades indígenas no Estado.

A manifestação, que começou na terça-feira (26), segue sendo realizada pelas indígenas, que ocuparam a sede da fundação. Inúmeros cartazes foram levados para o protesto pedindo a liberdade de Gilmar Assunção.

Em certo momento, elas chegaram a ocupar a sede do fundação e se encontram no local até esta quarta-feira (27).

Segundo as indígenas Munduruku, as mulheres que denunciaram Gilmar Assunção estão sendo coagidas. Elas afirmam que as denunciantes estão sendo ameaçadas por pessoas que querem se apropriar da terra indígena demarcada e vendê-la.

“Nós queremos a liberdade do senhor Gilmar. Ele não merecia passar por isso, foi levado como animal. Foi um choque para nós. Duas pessoas nos fizeram passar vergonha com isso, então nós mulheres queremos a liberdade do senhor Gilmar””, disse uma das manifestantes.

As manifestantes afirmam que o protesto só será finalizado após serem ouvidas.

A prisão de Assunção aconteceu durante uma operação da PF, em uma casa no município de Nova Olinda do Norte, a mais de 130 quilômetros de Manaus.

Segundo a investigação, pelo menos 20 pessoas podem ter sido vítimas do ex-servidor que foi exonerado após as primeiras denúncias, em setembro de 2023.

Fonte: G1 Amazonas