Realizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em comemoração ao Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro, a campanha Setembro Amarelo tem como objetivo desmistificar o tema e conscientizar a população de que o suicídio pode ser evitado.
Em virtude de todos os efeitos da pandemia do coronavírus, a campanha ganha ainda mais importância desde 2020. Como as tendências suicidas decorrem do agravamento de doenças relacionadas à saúde mental, as restrições impostas pelas medidas de segurança adotadas podem agravar ou causar episódios de ansiedade, ou depressão que merecem atenção.
Certos comportamentos indicam condições perigosas que requerem cuidados médicos. Algumas características dessas condições são: isolamento emocional e social; falta de comunicação; irritabilidade atípica; distúrbios do sono; sintomas físicos que não estão associados a nenhum diagnóstico médico, como dor de estômago e alteração intestinal; e recusa de ajuda de amigos, parentes ou mesmo profissionais.
Para minimizar os efeitos negativos da pandemia na saúde mental, alguns hábitos podem ser adotados. Dormir pelo menos oito horas por dia, fazer exercícios, comer alimentos saudáveis, aprender coisas novas e planejar as atividades diárias são alguns costumes úteis.
A importância de falar sobre suicídio e saúde mental
O suicídio está associado a problemas de saúde mental, pois vai contra o instinto de sobrevivência do ser humano. Está acontecendo no Brasil e no mundo. Esse estado de saúde mental pode ser causado pela associação de diversos fatores, como predisposição genética, problemas pessoais, baixa adesão ao tratamento, além da falta de ajuda.
No entanto, ainda é possível perceber na sociedade a ideia de que o suicídio e as patologias associadas são “para chamar a atenção”, ou que quem precisa de psicólogos e psiquiatras é “louco” ou “fraco”, contribuindo para que nem todas as pessoas procurem ajuda.
Um dos dados apresentados pelo Setembro Amarelo mostra que cerca de 96,8% dos casos de suicídio registrados no último ano tinham relação com transtornos mentais. Entre as doenças, a depressão ocupa o primeiro lugar.
Porém, apesar desse preconceito ainda vivido, essas pessoas precisam ser fortes e buscar ajuda, pois, como disse Augusto Cury, “ninguém pode te machucar mais do que você mesmo”.
Na verdade, o Setembro Amarelo é um grande passo para a prevenção do suicídio, mas é importante para aumentar o acesso aos serviços de saúde mental, seja na vida pessoal ou profissional além de reforçar a conscientização sobre a importância da realização da terapia.
No entanto, a busca por tratamento psicológico e psiquiátrico ainda é vista com preconceito por algumas pessoas da sociedade, que acreditam que apenas os loucos ou os fracos precisam de terapias; no entanto, são fundamentais, pois permitem o autoconhecimento e o amadurecimento, bem como o diálogo com um profissional especializado nesse cuidado, permitindo ao paciente desabafar sobre seus problemas.
É preciso tornar os serviços mais acessíveis de modo a reduzir o preconceito e o estigma que existe para quem busca serviços de psicoterapia e psiquiatria. Esse preconceito pode ser reduzido com o aumento de informações sobre o assunto.
Porque fazer ações de Setembro Amarelo nas empresas?
Além de ser um momento de sensibilização para a importância da prevenção do suicídio, o Setembro Amarelo é uma excelente oportunidade para a empresa publicar e atuar a favor da saúde mental que afeta diretamente o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores.
Com a saúde mental em dia, a equipe trabalha com maior qualidade, participação e motivação, o que reflete os interesses da empresa e se estende à vida pessoal desses profissionais.
Para realizar uma campanha verdadeiramente eficaz, ao longo do mês devem ser consideradas diversas ações, como conversas, dinâmicas e atividades em grupo. Pequenas ações tiveram um grande impacto na conscientização e tornaram os dias diferentes.
As ações devem considerar as características da empresa, observar o perfil da equipe e abordar os problemas observados. Agora é a hora de desmistificar a doença mental, manter um diálogo aberto e combater o preconceito e a discriminação. A organização de eventos para o Setembro Amarelo permite proporcionar aos colaboradores um mês pleno e transformador.
Fonte: https://holos.com.br/setembro-amarelo-acoes/ Por: Gustavo Souza