Uma comitiva do governo federal e diplomatas de vários países sobrevoou, nesta quarta-feira (4), áreas da Amazônia. O sobrevoo faz parte da programação de missão do Conselho Nacional da Amazônia Legal para mostrar a atuação de ministérios e demais órgãos federais nas áreas urbanas e remotas da região.
Até o dia 6 de novembro, a comitiva visitará as cidades de Manaus e São Gabriel da Cachoeira, na localidade de Maturacá, todas no estado do Amazonas.
“A iniciativa tem por objetivo mostrar à comunidade nacional e internacional que a Amazônia brasileira continua preservada e que sua complexidade ambiental e humana não permite um entendimento genérico da região. Conhecer é a base para entender e sugerir ações para contribuir com o desenvolvimento sustentável da região, preservando, protegendo e desenvolvendo nossa imensa floresta tropical”, destaca a vice-presidência. O conselho é presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
A comitiva visitará, nesta quinta-feira (5), o Projeto Integrado de Colonização (PIC) Bela Vista, em Manaus. Coordenado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o projeto abriga famílias assentadas em uma área de aproximadamente 785 mil hectares, ocupada desde 1971. Atualmente, dos 1.311 lotes georreferenciados, 446 já receberam o título definitivo, sendo 97% constituídos por pequenas propriedades (inferiores a 400 hectares).
Está prevista a participação dos seguintes chefes de missões diplomáticas: África do Sul, Espanha, Peru, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), União Europeia, Reino Unido, França e Portugal.
A comitiva é também integrada pelos ministros do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, da Saúde, do Gabinete de Segurança Institucional, do chefe de Estado do Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa e o senador Nelsinho Trad (PSD/MS).
Cobrança
Depois da cobrança de países europeus por ações para reduzir o desmatamento na região, a viagem de três dias é vista pelo governo brasileiro como uma oportunidade de “apresentar a Amazônia” aos representantes desses países. Apesar do aumento no número de queimadas na floresta e no Pantanal, o governo do presidente Jair Bolsonaro atribui as críticas estrangeiras ao desconhecimento da realidade brasileira.
Em setembro, oito países europeus enviaram ao vice-presidente brasileiro uma carta em que diziam que a “tendência crescente de deflorestamento no Brasil” estaria dificultando a compra de produtos brasileiros por consumidores daquele continente.
Fonte: D24am