Na manhã desta terça-feira (17), profissionais da Saúde do Amazonas estiveram na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), na Avenida Mário Ypiranga, 2.479, bairro Flores, zona centro-sul da capital, pedindo que o órgão se manifeste sobre quatro meses de salários atrasados dos terceirizados, o que tem ocasionado atraso no pagamento das contas dos trabalhadores e, em alguns casos, até ordem de despejo. Esta é terceira mobilização dos profissionais em menos de duas semanas.
Cerca de 40 pessoas, entre técnicos de enfermagem, maqueiros, enfermeiros e serviços gerais, acompanhados de um carro de som e do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Serviço de Saúde do Estado do Amazonas (Sindipriv-AM), pediram para o que a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) faça o pagamento dos salários. No local, ainda era possível ver faixas com frases como ‘Queremos receber!’.
Os profissionais informaram que não tem data para receber e questionaram a gestão do governador Wilson Lima. O técnico em Enfermagem, Alex Azevedo, que trabalha há três anos no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, contou ao GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC), que não vê equipamentos novos desde quando ‘entrou’ na unidade hospitalar.
“Não tem cadeira de rodas. Os cadeirantes chegam no hospital e precisam ser carregados no colo pelos próprios familiares. Isso é uma vergonha. Além disso, as macas estão todas velhas”, denunciou o profissional.
A presidente do Sindpriv-AM, Graciete Moutinho, afirmou que, até o momento, a Susam não repassou nenhum posicionamento sobre os salários atrasados. “É a segunda semana que estamos reivindicando. Não muda nada no Portal da Transparência. Colocam que estão realizando pagamentos e não estamos recebendo. São pais e mães de família passando fome, sendo despejados das casas onde moram. Pedimos um posicionamento do governador”. clamou ela.
Graciete lembrou, ainda, que os profissionais estão sem receber também o vale-transporte. “São mais de cinco mil trabalhadores passando por essa situação dos salários atrasados. É triste ver uma criança pedindo comida e não ter nada para dar. Tem gente morrendo nos hospitais sem assistência”, disse ela.
Fonte: D24am