O Governo do Amazonas, através do Instituto de Proteção Ambiental do Estado (Ipaam), realiza nesta sexta-feira (14), à 9h, no auditório da Universidade Paulista (UNIP), no bloco 1, térreo, localizado na avenida Mário Ypiranga Monteiro, nº 4.390, bairro Parque Dez de Novembro, zona centro-sul, mais uma audiência pública para apresentar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Nesta quinta-feira, o EIA/Rima foi apresentado em Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus).
A primeira apresentação do documento de EIA/Rima reuniu na sede do município de Iranduba mais de 300 comunitários e contou com a participação do vice-governador, José Melo, e secretários de Estado. De acordo com o vice-governador, a realização das audiências públicas significa o avanço no processo de implantação do projeto da Cidade Universitária da UEA, lançado pelo governador Omar Aziz e que será implantado em Iranduba.
“A Cidade Universitária é uma prioridade da nossa gestão. O projeto foi criado para ser referencia mundial de construção que se harmoniza com o meio ambiente. Uma vez pronta, a ideia é atrair os melhores pesquisadores do mundo para que eles nos ajudem a fazer descobertas acerca da nossa biodiversidade”, disse José Melo.
O vice-governador pontuou que após a audiência pública desta sexta-feira em Manaus, ainda haverá pelo menos mais duas audiências. Uma para tratar novamente da questão ambiental e outra para apresentar à população os detalhes do processo de edificação das obras. Após a conclusão das audiências, o processo seguirá a etapa licitatória da obra, com previsão para início ainda no primeiro semestre do ano que vem.
Respeito ao meio ambiente – A questão ambiental é um dos destaques do projeto de construção da Cidade Universitária. O projeto prevê pelo menos 20 programas de controle de tratamento ambiental que serão implementados com a finalidade de assegurar a qualidade de vida da população e a riqueza da biodiversidade, além de minimizar impactos ambientais com a instalação do empreendimento.
Conforme o relatório de impacto ambiental apresentado na audiência pública, estão previstos programas para supressão controlada da vegetação e resgate de animais, prospecção arqueológica, prevenção e controle de endemias, monitoramento da fauna e reabilitação de áreas degradadas e prevenção e controle de erosões.
O presidente do Ipaam, Antonio Stroski, informou que este trabalho levou aproximadamente seis meses em campo. Ele destacou, no ponto de vista da sustentabilidade, a gestão de resíduos sólidos e os projetos de eficiência energética e o reaproveitamento de água.
Ao todo, a Cidade Universitária da UEA terá uma extensão de 1,2 mil hectares, equivalente a pouco mais de 0,26% do território da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Negro. Desde 1980, essa região sofre degradação pela exploração de madeira, abertura de pastagem, plantio de subsistência e piscicultura. Em toda extensão da obra, 130 famílias foram identificadas e o processo de cadastramento para indenização foi feito pela Superintendência Estadual de Habitação (Suhab). Na faixa da primeira etapa do projeto, a Suhab já formalizou todos os processos, efetuou o pagamento das famílias e vai definir o prazo para desocupação das residências.
FOTOS: CHICO BATATA / AGECOM