AM realiza seminário internacional que visa combater a criminalidade no Norte

Camila Bonfim

De 22 a 24 de maio, a capital do Estado será palco da 3ª edição do Seminário Internacional de Segurança da Amazônia (Sisam). O evento, que tem como tema ‘Fronteira e Segurança no Espaço Amazônico’, acontecerá no Tropical Hotel e as inscrições podem ser feitas clicando aqui. De acordo com dados da Polícia Federal, somente em 2018, foram apreendidas 5,7 toneladas de entorpecentes no Estado e 112 pessoas foram presas, sendo 14 estrangeiros.

Vários órgãos de segurança pública vão debater diversos temas, entre eles, como evitar a entrada de drogas nas regiões de fronteiras (responsável pelo crescimento da criminalidade em todo o País), como analisar as causas e consequências da violência na era digital, o problema dos refugiados nas fronteiras amazônicas, a valorização dos profissionais de segurança pública e o poder do crime organizado na Amazônia.

No encontro também serão abordados outros temas, como por exemplo, os problemas que o Brasil enfrenta em consequência da crise da Venezuela com a entrada dos refugiados e quais os impactos que afetam diretamente a população também na área de segurança.

De acordo com o coordenador-geral do seminário, delegado Mário Jumbo de Miranda Aufiero, o Amazonas precisa de políticas específicas pela localização e extensão geográfica, que dificulta o trabalho da polícia e demais instituições do sistema de justiça criminal. “O Estado possui fronteiras com a Colômbia e Peru, principais produtores de cocaína em escala. Além dos rios Negro e Solimões serem rotas de escoamento da produção de drogas”, informa ele, ressaltando que essas discussões entre profissionais renomados da área, gestores e acadêmicos têm como objetivo a construção de soluções por meio de políticas públicas baseadas em estudos científicos e conhecimento aprofundado da região.

Para o coordenador científico do Sisam, Vicente Riccio, este encontro será fundamental para reunir diversos setores na região. “Isso porque os estados da Região Norte fazem fronteira com os maiores produtores de drogas continente e sofrem em razão da crise observada na Venezuela. Assim, os problemas relacionados à violência estão, de algum modo, relacionados a eventos que vão além do território brasileiro”, contou.

Público
A estimativa é que o seminário reúna 500 participantes e tem como público alvo profissionais de segurança pública (policiais, guardas municipais, agentes penitenciários), profissionais de carreira jurídica (advogados, promotores, juízes, acadêmicos, gestores públicos, assistentes sociais) e demais interessados em assistir ciclos de palestras nacionais e internacionais, conferências, mesas temáticas, além de apresentação de trabalhos científicos expostos em painéis, mostrando ações inovadoras para a redução da violência no país, com instrumentos adequados para enfrentar os problemas do cotidiano com relação à criminalidade.

Fonte: D24am