Na quarta-feira (20), o juiz Rômulo Garcia Barros Silva, da Comarca de Tabatinga, proibiu o presidente da Câmara Municipal, Paulo César Bardales, de se aproximar de sua esposa, Sayara Souza Bemerguy, e de familiares dela. A medida foi tomada após Sayara solicitar uma medida protetiva, alegando ter sido vítima de agressões físicas e psicológicas por parte de seu marido, o vereador Bardales. Sayara é filha do atual prefeito de Tabatinga, Saul Bemerguy.
Segundo relatos de Sayara à polícia, na noite anterior à decisão judicial, ela foi agredida por Bardales em sua residência. Ela informou que estava sozinha quando o vereador chegou acompanhado de funcionários da Câmara Municipal. A situação se intensificou quando Bardales exigiu saber qual dos funcionários teria relatado um suposto caso extraconjugal dele, e se irritou quando Sayara se recusou a responder e declarou não ser mais sua esposa.
Durante o episódio, Sayara relatou que tentou buscar um copo de água, momento em que Bardales a encurralou e começou a destruir objetos da cozinha, além de agredi-la fisicamente, deixando marcas em seu corpo. Os funcionários presentes no local teriam presenciado a cena, mas não interferiram, apesar dos pedidos de ajuda de Sayara. Além disso, Bardales teria levado o celular dos filhos de Sayara, onde estavam registros do ocorrido.
Segundo a vítima, as agressões físicas e psicológicas ocorriam há aproximadamente um ano, principalmente após o rompimento político entre Bardales e o pai dela, o prefeito Saul Bemerguy. Sayara também relatou um episódio anterior em janeiro de 2023, quando Bardales teria quebrado objetos da casa e tentado enforcá-la, sendo impedido pelo filho do casal.
O juiz Rômulo Garcia Barros Silva justificou a decisão de deferir a medida protetiva com base na Lei Maria da Penha, afirmando que o caso se enquadra no conceito de violência doméstica. Paulo Bardales está proibido de se aproximar de Sayara e de seus familiares, além de ser impedido de frequentar locais com a intenção de encontrá-la, sob pena de prisão preventiva.
Fonte: Amazônica Fato