Os ministérios da Justiça e Segurança Pública, dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos e também o Ministério Público Federal montaram uma força tarefa para acompanhar a situação dos indígenas Guarani Kaiowá, atacados por grupos armados na Terra Panambi-Lagoa Rica, em Douradina, no Mato Grosso do Sul. No sábado (03/08), pelo menos dez pessoas ficaram feridas, sendo duas em estado grave. Todas foram encaminhadas para o Hospital da Vida, em Dourados, sul do estado. No domingo (04/08), após a divulgação de fakenews, em redes sociais, de que os indígenas haviam invadido fazendas, ruralistas promoveram novo ataque, deixando mais dois feridos. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), nem mesmo a presença de órgãos do governo intimidou os criminosos. Informações do Conselho apontam que o ataque de sábado ocorreu pouco depois de a Força Nacional deixar o território.
O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, disse que pediu explicações ao Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre a retirada da Força Nacional do local. Também pediu que fosse garantida a permanência do efetivo no território, para evitar outros casos de violência.
A Terra Indígena Lagoa Panambi foi identificada e delimitada em 2011. Um ataque já havia ocorrido no local na sexta-feira (02/08), sem ferir os indígenas. Pelas redes sociais, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, considerou o ataque aos indígenas inaceitável depois que a Força Nacional deixou o local, e disse não tolerar violência e intimidação contra aqueles que lutam por suas terras e seus direitos.
Fonte: radioAgência