O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, desembarca nesta segunda-feira (24) em Fortaleza, no Ceará, ao lado dos comandantes da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e da Advocacia Geral da União, André Luiz Mendonça, para acompanhar a Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em curso no Estado por determinação do presidente Jair Bolsonaro.
Desde o início da paralisação dos policiais militares do Ceará, pelo menos 93 pessoas foram assassinadas em quatro dias. O dia mais violento foi registrado na sexta-feira (21), com 37 casos.
No comando da 10ª Região Militar, os ministros participarão de um briefing sobre as atividades que estão sendo realizadas pelas Forças Armadas e pelos órgãos de Segurança Pública federais, estaduais e municipais. Logo após, a comitiva seguirá para o Palácio do Governo, onde se reunirá com o governador Camilo Santana (PT-CE).
Mesmo com o reforço policial do Exército e das Forças Nacionais no Ceará, pelo menos nove cidades cearenses cancelaram oficialmente as festas de Carnaval e vão destinar os recursos a outras ações de serviço público. Uma delas é Paracuru, na Região Metropolitana, distante cerca de 90 km da capital, onde acontece um dos festejos mais tradicionais do Estado.
Em Sobral, município onde o senador Cid Gomes foi alvo de dois tiros após entrar em confronto com os policiais grevistas, o Carnaval está mantido com pagamento de horas extras aos policiais que estão em atividade e com a contratação de segurança privada para o reforço policial. Nas regiões serranas no Estado, a festa também é mantida na cidade de São Benedito, na Serra da Ibiapaba, também com efetivo de segurança particular. E em Guaramiranga, o tradicional Festival de Jazz & Blues também acontece normalmente.
Já em Fortaleza, nenhuma mudança. A Guarda Municipal reforça o patrulhamento em pontos estratégicos e nos sete terminais de ônibus da cidade. A capital conta ainda com 90% do efetivo de soldados do Exército e Agentes da Força Nacional. Ao todo, 2,8 mil homens fazem o patrulhamento em todo o Estado.
Nos últimos dias, 168 policiais militares que aderiram ao movimento de paralisação foram afastados por determinação da Justiça Militar. As decisões foram divulgadas no Diário Oficial do Estado – 8 nomes foram publicados na quinta (20), e uma lista com outros 160 policiais saiu na sexta-feira (21). O órgão cita caso a caso e o motivo dos afastamentos, confirmados, em nota, pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD).
Fonte: D24am