Professores da rede estadual de ensino de Tabatinga seguem em greve

Camila Bonfim

Há um mês, os professores da rede estadual de ensino do Amazonas iniciaram uma paralisação por reajuste salarial.

A greve, que chegou ao 30º dia nesta quarta-feira (15), teve diversas manifestações, a mais recente ocorreu ontem (15) em Tabatinga, os professores percorrem toda Avenida da Amizade.

Na terça (14), oficializou a rejeição da categoria à contraproposta do Governo do Estado de 4,73% de reajuste.

A Seduc apresentou a contraproposta final aos profissionais da educação, com reposição salarial de 4,73% mais reajuste de auxílios alimentação e localidade, em percentuais de até 233%, e a ampliação do vale-transporte dos professores que cumprem 40 horas.

O Governo pontua, ainda que esse é o “limite máximo do que pode oferecer à categoria em 2019, sob pena de comprometer o pagamento de todos os servidores e o bom funcionamento dos serviços públicos”.

Ainda em relação ao Governo, foram realizadas 18 reuniões entre as secretarias de Educação, Fazenda, Casa Civil e Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) e os profissionais em greve.

Inicialmente, foi apresentada a proposta de reposição salarial com base na inflação dos últimos 12 meses em percentual de 3,93% e garantiu o pagamento das progressões verticais e horizontais. Após negociação com os professores e análise de estudos da categoria, houve a incorporação das perdas residuais referentes ao período de 2015 a 2018 em percentual de 0,81%.

Ainda durante as negociações, ao oferecer a contrapropossta que garante a reposição salarial de 4,73% incluindo as perdas residuais; dobrar o valor do auxílio localidade para os professores do interior; ampliar o vale transporte para professores de 40 horas; e garantir o pagamento das progressões verticais e horizontais, o Estado disse que atingiu o limite máximo do que pode oferecer à categoria em 2019.

Na terça-feira (15), o governador Wilson Lima encaminhou o Projeto de Lei (PL) com a reposição salarial e o pagamento do auxílio localidade para a Aleam. O objetivo é acelerar o pagamento daquilo que a Lei permite e que já está garantido.

Fotos: Radio Nacional do Alto Solimões