A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) recebeu, do Ministério da Saúde (MS), nesta terça-feira (1º), 10 mil doses da vacina pentavalente, destinada a bebês a partir de dois meses de idade. As vacinas já estão disponíveis aos municípios desde esta quarta-feira (2).
O MS havia suspendido o fornecimento da pentavalente para todo o Brasil em julho, alegando baixa qualidade do produto reprovado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e na análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Conforme a coordenadora estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), Izabel Nascimento, nesse primeiro momento, a capital, que detém a metade da população do estado, receberá 5 mil doses, e os municípios do interior receberão as demais 5 mil. A pentavalente é dada em três doses, aos dois meses, quatro meses e seis meses.
A média mensal de vacinas aplicadas no Estado é em torno de 18 mil doses. “Aqueles pais que estiverem com a vacinação do filho desatualizada devem voltar à unidade de saúde para que a criança tome essa vacina, que vai protegê-las contra a difteria, o tétano, coqueluche, haemophilus influenzae tipo B e a hepatite B”, explicou.
O Ministério da Saúde informou, por meio da Agência Saúde, que a vacina pentavalente adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organização Mundial da Saúde/Opas, que pré-qualifica os laboratórios.
O Ministério da Saúde solicitou a reposição do fornecimento à Opas. No entanto, não havia disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. Um total de 6,6 milhões de doses adquiridas começaram a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil. A previsão é que o abastecimento voltará à normalidade a partir de novembro.
Quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde fará uma busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade entre os meses de agosto e novembro para vaciná-las. Por se tratar de um imunobiológico, diferentemente dos medicamentos sintéticos, a vacina não tem disponibilidade imediata. Portanto, embora haja recursos para aquisição, o recebimento efetivo pelo Brasil depende do processo de fabricação e testagem.
Fonte: D24am