Brinquedos que estimulam a violência devem ser evitados, dizem especialistas

admin

A 7ª Campanha de Desarmamento Infantil – “Violência, nem brincando”, procura alertar ainda mais a população sobre os perigos de presentear crianças com brinquedos violentos.

Com a proximidade do dias das crianças, escolher um presente não é uma tarefa fácil para os pais. Os brinquedos podem ser  educativos, mas também podem interferir negativamente no desenvolvimento. Por isto, durante este mês, a 7ª Campanha de Desarmamento Infantil – “Violência, nem brincando”, procura alertar ainda mais a população sobre os perigos de presentear crianças com brinquedos violentos.

O estatuto do desarmamento proíbe a fabricação e a comercialização de armas de brinquedos. No entanto, há outros objetos que simulam armas, como as de bolhas de água, espadas, e até jogos eletrônicos violentos. Nas lojas, muitos pais evitam esta modalidade. “Sempre fui contra dar armas de presente para as crianças. De uma forma, a gente acaba incentivando a violência. Não dou armas nem de jogar água para meus netos”, disse a pensionista Maria Zilda Ribeiro, 64.

Há mais de 20 anos que Maria faz doação de brinquedos para crianças do município de Parintins, distante 369 quilômetros de Manaus. A preocupação, segundo ela, é grande. “Procuro dar brinquedos educativos, ou bonecas e carrinhos, que são os que eles mais gostam. Mas o importante é verificar a faixa etária dos brinquedos e se não oferecem riscos”, frisou.

A aposentada Aldemira Bispo de Lima, 57, também aproveita a época do ano para fazer doações de brinquedos. Ela não concorda com brincadeiras que incentivem a violência. “Não tenho porque dar um brinquedo que vai prejudicar o desenvolvimento da criança. Já basta a televisão, que mostra violência todos os dias. Uma arma, mesmo que seja de brinquedo, vai levar a dois pensamentos na criança: ser policial ou ser bandido. E os dois correm risco de morrer”.

Vilão
Para a psicológa Lucy Peres, especialista em psicologia infantil, os joguinhos eletrônicos são os principais causadores da agressividade. “Sendo o jogo de matar ou de competir, ambos causam aumento na agressividade. A brincadeira com armas de brinquedo são consideradas como faz de conta e não produzem os mesmos efeitos que os jogos eletrônicos”.

Para a especialista, muitas crianças brincam imitando uma arma com a mão porque viram em filmes ou desenhos. “É uma reprodução do que ela vê. Não necessariamente vai levar à agressividade. Ou à vontade de matar alguém de verdade”.

No entanto, ela afirma que nessa fase é preciso prevenir brincadeiras que possam gerar algum tipo de embate físico, principalmente entre os meninos que tendem a ser um pouco mais agressivos. Para crianças pequenas, especialmente menores de 6, a gente indica brincadeiras livres, sensoriais e de movimento. Então comprar um brinquedo não deveria ser uma prioridade. Usar a imaginação é algo muito bom”.

Fonte: A Critica.com