Programa que interliga Tabatinga e outros municípios à internet terá nova fase a partir de abril

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A Infovia do Solimões, um novo trecho do programa Amazônia Conectada, que interliga os municípios do Amazonas com uma rede de internet via cabos subfluviais, deverá inaugurar em abril do ano que vem. A previsão foi feita pelo coordenador do programa, general do Exército Decílio Sales, na manhã desta quinta-feira, dia 26 de novembro, durante o 1º Workshop Internacional do Programa Amazônia Conectada, evento que contou com a participação do vice-governador do Amazonas, Henrique Oliveira, no auditório do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), no Centro de Manaus.

A infovia Solimões vai fazer a interligação Coari-Tefé-Tabatinga e será a primeira fase de implantação da rede de cabos de quase 7,5 mil quilômetros de extensão que, até a sua conclusão, vai interligar todos os municípios do Amazonas. O projeto, com previsão de conclusão em três anos, é executado pelo Exército em parceria com Governo do Amazonas, através da empresa Processamento de Dados do Amazonas (Prodam), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além do Ministério da Defesa, Telebrás, Eletrobrás e Ibama, entre outros.

_JOE2560

_JOE2570 Ao ressaltar que o projeto piloto do programa Amazônia Conectada, inaugurado em abril deste ano, a Infovia Coaria-Manaus, já vem demonstrando a viabilidade de interligação via cabos subaquáticos, Henrique Oliveira destacou a grandiosidade e a potencialidade do programa que, segundo ele, será um divisor de águas em relação às políticas públicas que levam cidadania às populações ribeirinhas.  “Já foi demonstrado que esse canal de comunicação pode ser explorado até 12 vezes mais, com a possibilidade de levarmos, além da internet, programas de telessaúde, telemedicina e o ensino universitário, além da energia elétrica”, observou.

O vice-governador ainda destacou que o projeto, além de aproveitar a comunicação natural da região que são os rios por meio das infovias, pode aprimorar e baratear os custos de programas governamentais, como o de Telemedicina e Educação à Distância e beneficiar, além das sedes dos municípios, as comunidades. “São nessas comunidades que estes benefícios da cidadania precisam chegar. Já existe um esforço muito grande dos governos em levar essa cidadania aos ribeirinhos, mas isso precisa e vai melhorar”, garantiu.

O programa Amazônia Conectada consiste na construção de uma infraestrutura de telecomunicações, através do lançamento de uma rede de cabos de fibra ótica no leito dos rios Negro, Solimões, Madeira, Juruá e Purus, por meio da qual serão disponibilizados serviços com alta capacidade e disponibilidade, como internet, Telemedicina, Telessaúde, Ensino à Distância, entre outras, para a população indígena e ribeirinha, escolas, organizações militares e órgãos públicos.

Os cabos seguirão o curso dos rios criando uma rota e um Back Bone (tronco central) a partir dos quais os serviços serão disponibilizados para escolas, hospitais, órgãos públicos e organizações militares. O projeto já tem uma fase experimental ou projeto piloto em funcionamento, o MetroMao, formando um anel que interliga os municípios da Região Metropolitana, usando a rota do Gasoduto Coari-Manaus para trazer a rede de fibra ótica. Uma outra alternativa que vem sendo trabalhada é a criação de uma rota seguindo o linhão de Tucuruí.

De acordo com o general Decílio Sales, que apresentou os primeiros resultados do projeto para estudantes, professores e militares, durante o Workshop, o programa usará alta tecnologia e os cabos ainda podem levar energia elétrica evitando danos à floresta. “Temos alta tecnologia empregada para atender as população e fazer a conexão da Amazônia com o mundo.”, disse o general.

Fonte: Secretaria de Estado de Comunicação Social
Fotos: Joel Arthus/Secom