Governo do Amazonas convoca municípios para detalhar plano de combate à dengue e febre chikungunya

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A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) está convocando os municípios do Estado para intensificar as ações de combate à dengue e à febre chikungunya. Na próxima semana, de 11 a 13 de novembro, o órgão vai reunir secretários de saúde e representantes da vigilância epidemiológica e atenção básica das cidades para definir o plano de contingência contra as doenças com base nos indicadores do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Ministério da Saúde.

A determinação do governador José Melo é fortalecer as ações de combate para inibir a proliferação das doenças. No encontro com os representantes da saúde dos municípios, o Governo do Amazonas vai identificar as necessidades das prefeituras e definir a estratégia para intensificar as ações de controle e eliminação de vetores junto à população. A reunião será realizada no auditório da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), localizada na avenida Darcy Vargas, no bairro Parque Dez, zona centro-sul de Manaus.

De acordo com os dados do LIRAa, o Amazonas apresentou a segunda maior redução do número de casos de dengue entre os Estados da região Norte do Brasil. De janeiro a setembro de 2014, foram registrados 6.023 casos, uma queda de 65% frente ao mesmo período do ano passado, quanto o Estado teve 17 mil casos. As mortes pela dengue também diminuíram 30%. Os indicadores incluem os casos registrados na capital Manaus.

A coleta de informações do LIRAa é feita três vezes por ano no Amazonas. Os dados referentes ao mês de outubro já foram concluídos em 22 municípios. Em Manaus está em fase de finalização. A maior parte das cidades amazonenses tem situação considerada satisfatória pelo Ministério da Saúde. Japurá, Lábrea, Coari, Manacapuru, Tapauá e Barcelos estão em situação de alerta. O sinal é vermelho, considerado de risco, em Nova Olinda do Norte e Guajará.

 

Segundo o chefe do departamento de Vigilância Ambiental da FVS, Ricardo Passos, os indicadores de outubro reforçam a necessidade de a população participar mais do combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti. O grande risco ainda está dentro das casas. Em Nova Olinda do Norte e Guajará, onde a situação é de alerta, a infestação está sendo motivada por criadouros domésticos, como lixo e água armazenada. Por isso, além das ações de controle, a FVS trabalha campanhas educativas como a ‘Dez Minutos contra a Dengue’, que incentiva os moradores a caçarem e eliminarem os focos dentro de casa. A iniciativa será levada aos órgãos públicos nas próximas semanas.

No novo plano de contingência contra a dengue e a febre chikungunya, os municípios com índices de infestação de larvas já identificados terão ações prioritárias. “Eles sairão dessa reunião com os planos encaminhados e as ações de combate definidas”, frisou Passos.

Ainda no mês de novembro, a FVS começa a qualificar a rede de atenção básica de saúde para identificar casos da febre chikungunya, que é transmitida pelo mesmo mosquito que causa a dengue. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagens e agentes de saúdes dos municípios passarão por treinamento a partir do dia 17 de novembro. Identificado na década de 1950 na África, a febre começou a circular no Brasil nos últimos dois anos. “A presença de uma pessoa doente em Manaus foi detectada em tempo oportuno. Não temos registros de outros casos”, esclareceu Passos.

No Amazonas, as ações de combate ao vetor da dengue são realizadas o ano inteiro. Consistem nas visitas domiciliares de monitoramento, aplicação de larvicidas para eliminação dos focos de mosquito e as borrifações. O ciclo é reforçado entre novembro e janeiro, período de aumento das chuvas e que favorece a proliferação da dengue. A FVS também faz o alerta nas unidades de saúde e treina os profissionais para aperfeiçoar a detecção de casos suspeitos.

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