As Secretarias de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan) promovem reunião na próxima quarta-feira, dia 23 de janeiro, para definir por quais municípios o Governo do Amazonas vai iniciar a implantação do Ronda no Bairro no interior do Estado. Dez municípios, entre os mais populosos e aqueles que integram a Região Metropolitana de Manaus, já passaram por estudo de geoprocessamento, para identificação de demandas na área de segurança pública.
Participam da reunião, na sede da SSP-AM (avenida Torquato Tapajós, nº 5555, bairro de Flores, zona centro-sul), especialistas do núcleo de geoprocessamento da Seplan, comandantes de área da Polícia Militar e delegados da Polícia Civil que atuam no interior do Estado, além do secretário executivo do Ronda no Bairro, tenente-coronel Amadeu Soares.
Durante a reunião, serão definidos quais municípios, entre os dez pré-selecionados, que demandam com mais urgência o reforço policial e a política de segurança diferenciada do Ronda no Bairro, projeto do governador Omar Aziz que já foi implantado em toda a cidade de Manaus no ano passado e que tem demonstrado eficiência no combate ao crime.
As dez cidades selecionadas dentro de critérios populacionais e de localização, que são alvo de estudo de geoprocessamento desde agosto de 2012, são: Parintins, Tefé, Itacoatiara, Manacapuru, Tabatinga, Manacapuru, Maués, Coari, Manicoré e Humaitá.
O secretário executivo do Ronda no Bairro, tenente-coronel Amadeu Soares adiantou que, além de definir onde inicialmente o programa será implantado no interior, esta etapa definirá ainda o quantitativo de policiais que devem participar do curso de preparação para o Ronda no Bairro.
“Vamos somar as informações levantadas pelo estudo de geoprocessamento mais a experiência dos comandantes e delegados. Depois de equacionar esses dados nós saberemos ainda a necessidade material que a implantação do Ronda no interior vai precisar”, destacou Amadeu.
Geoprocessamento – O geoprocessamento é o pontapé inicial para a implantação do Ronda no Bairro, a exemplo do que foi feito em Manaus e que resultou no planejamento de divisão de áreas e das demandas para cada setor. No interior, o estudo permite o levantamento espacial e populacional do município, contemplando comunidades e populações ribeirinhas. Essas informações são compartilhadas no Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP).
Conforme o coordenador do setor de geoprocessamento da Seplan, Elson Souza, o estudo é tão minucioso que é capaz de identificar as demandas por segurança pública e todas as suas variáveis. “Além de levantar as informações baseadas em estudo censitário e demográfico, com auxílio de equipamentos de GPS, nós também contamos com a experiência dos policiais, comandantes de área e delegados civil desses municípios. Sabemos, por exemplo, qual bairro tem maior demanda de polícia e quais dias da semana e horário necessitam de maior atenção da segurança pública”, detalhou o coordenador.
Setorização – A setorização ou divisão racional do contingente e aparato policial é um dos fatores determinantes para a implantação do Ronda no Bairro em um município. Essa divisão sempre vai priorizar os locais de maior demanda policial. A equação dos dados demográficos com o contingente populacional existente no município será cruzada com o número de ocorrências, natureza da mesma e aonde elas mais ocorrem. A partir daí a secretaria executiva do programa terá um panorama dos próximos municípios que irão receber o Ronda no Bairro.