Aumento da dengue no país preocupa AM

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Após alerta de risco de epidemia da doença em Manaus, poder público prepara nova campanha

Após o alerta feito pelo ministro da Saúde, Antônio Padilha, incluindo Manaus entre as capitais com risco de epidemia de dengue, as autoridades da área da saúde preparam o lançamento, no próximo dia 27, de mais uma campanha chamando a atenção da população para não banalizar o perigo da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que neste ano já matou nove pessoas no Estado, sendo oito na capital.

As zonas Centro-Oeste, Oeste, Norte e Leste foram as que apresentaram maior quantidade de mosquitos no Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa). Neste ano, já foram notificados em torno de 23 mil casos, sendo que desses 15 mil somente na capital, que detém a maioria dos casos.Campanha-Dengue_ACRIMA20131122_0014_15

Autoridades da Saúde alertam que dez minutos de “vistoria” em casa é tempo suficiente para eliminar focos do mosquito (Euzivaldo Queiroz – 16/fev/2011)

O diretor-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), Bernardino Albuquerque, anunciou ainda que outros 27 municípios amazonenses estão na lista de prioridades das ações pelo volume populacional e porque nelas há transmissão da doença pelo mosquito vetor da doença.

“Nossa campanha será um alerta para as pessoas retomarem os cuidados contra a dengue porque muitos pensam que como já tiveram a doença uma vez e não houve complicações, a segunda pode ser igual, mas é exatamente o contrário. Na segunda vez, os riscos de óbito aumentam”, advertiu o médico.

Campanha
A próxima campanha vai chamar a atenção da população para o tempo necessário que cada pessoa gaste por semana buscando identificar em casa ou no local de trabalho os possíveis criadouros e fazer a eliminação deles. Pelas contas dos técnicos da saúde, em dez minutos de verificação, a pessoa pode evitar que o mosquito se reproduza.

“Dentro do conhecimento técnico da reprodução do mosquito, sabemos que isso acontece entre 7 a 10 dias. Se em nossa casa, trabalho e áreas de lazer tivermos o cuidado de tirar dez minutos durante a semana e fazer uma vistoria buscando a ocorrência de possíveis criadouros, vamos contribuir para reduzir a população de mosquitos”, acrescenta o médico.

A FVS trabalha em parceria com as secretarias de saúde dos municípios, que recebem as orientações para implementar ações de controle, que são a eliminação das larvas do vetor da doença e dos criadouros.

Para isso, há necessidade do envolvimento das secretarias de limpeza pública. Há oferta de cursos de atualização do manejo clínico de pacientes com dengue, para servidores de saúde dos municípios.

Cidades do interior estão em alerta
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), as cidades consideradas em risco, ou com sinal vermelho, são aquelas onde foram encontrados focos de dengue em mais de 4% das residências visitadas. Já os municípios em alerta ou sinal amarelo são aqueles em que houve foco em 1% a 3,9% dos domicílios. Esses dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), que mediu o nível de infestação pelo mosquito em 1,3 mil cidades brasileiras. Ao todo, foram encontrados focos de dengue em duas a cada cem casas pesquisas para o levantamento.

Bernardino Albuquerque explica que como a maioria dos casos da doença, em torno de 90%, se concentra em maio e junho, isso faz com que as pessoas esqueçam dos cuidados e relaxem na prevenção. Os próprios profissionais esquecem também de colocar em pauta, afirma ele, lembrando a importância de se cuidar da prevenção, ainda mais quando começamos no período de chuvas no Estado, fator que contribui para o aparecimento de criadouros.

Fonte: acritica

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